sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Direito de Resposta

Direito de Resposta

Ao Director do jornal Fórum do Vale do Sousa

Sr. Director,

O movimento Paredes Pela Vida é formado por cidadãos livres e conscientes que se uniram para defender o Centro de Saúde de Paredes de uma perigosa deriva ideológica, recentrando-o na sua missão de promoção da saúde pública, da qual, em nossa opinião, a universalidade do Direito ao Médico de Família constitui o primeiro e mais emblemático elemento.

Com um tal programa cívico e com o apoio manifesto das populações e da generalidade dos autarcas, fácil será perceber que não seria a prosa biliar do seu Chefe de Redacção que lograria atingir-nos ou ofender-nos, especialmente em face da sua desoladora falta de tolerância democrática, lamentamos dizê-lo. Efectivamente, como disse uma vez Mário Soares,
não ofende quem quer mas quem pode. De resto, é até na fúria bruta dessa prosa que temos achado um vigoroso tónico para persistirmos no nosso "bom combate". E na sua falta de objecções racionalmente fundamentadas encontramos um argumento mais a favor da nossa Razão. Alguns de nós dispoem-se cristamente a oferecer-lhe "a outra face" para que bata até que se canse ou se lhe abram os olhos. Outros há aqui que não vieram por exigências de coerência da sua Fé - pelas quais esperávamos alguns, ainda ausentes - mas pelo desejo de impedir a tremenda injustiça que se quer praticar contra o Centro de Saúde de Paredes e lavar a afronta à posição democraticamente expressa pelo povo de paredenses, também pelos de Penafiel e Amarante.

Sr. Director, o seu chefe de redacção decidiu entrar na liça com um estilo tal que, por um lado, o impede de se tornar um interlocutor válido e, por outro, pela linguagem e pelo tom chocarreiro que emprega (e queremos crer que seria capaz de se expressar noutro registo) torna-nos mesmo impossível o diálogo, posto que nos recusamos a baixar a semelhante nível. Mal do "Estado de Direito", que diz prezar, se para sua defesa estivesse dependente de paladinos tão cegos pelo preconceito pró-aborto mais primário. Na sua fúria ainda não conseguiu a lucidez suficiente para entender que este movimento não perde o seu tempo a contestar uma lei do parlamento mas apenas uma decisão arbitrária de um obscuro assessor da Administração Regional de Saúde do norte. E ao exigirmos a satisfação do Direito universal ao médico de família como condição prévia para se pensar em qualquer "via verde para o aborto", mais não fazemos do que pegar nas palavras da ARS-norte quando diz avançar para o aborto no centro de saúde, aproveitando a maior proximidade e confiança entre as mulheres e o médico de família. Ora esta proximidade só será real e não discriminatória quando houver médico de família para todos. Daí a nossa exigência do médico de família como condição prévia de qualquer delírio abortista no nosso centro de saúde ou em qualquer outro.

Mas com o delírio do seu redactor a chegar a ponto de conceder o título de "editorial" ao que não passa duma vulgar compilação de insultos pessoais, insinuações, juízos de intenções falaciosos posto que desconhece o pensamento dos visados, e sentenças não fundamentadas, o seu redactor nem se apercebe talvez de que a grande vítima dos seus contundentes golpes será... a própria credibilidade e, por arrasto, a imagem do seu jornal e do seu respeitável director. A qualquer observador medianamente atento da imprensa regional no Vale do Sousa não escapará o crescente desalinhamento do "Fórum" com o clima de correcção e elevação que, de forma geral, as redacções praticam e o público deseja.

Uma última palavra sobre a assinatura da carta aberta pelos senhores presidentes de junta, cuja
defesa, de resto, ninguém nos encomendou. A folha que estes assinaram continha todo o texto, tal como também consta do nosso blogue paredespelavida.blogspot.com, e assim foi entregue na ARS do norte na passada 4ª feira. Repudiamos em absoluto a insinuação de que alguém possa ter sido "enganado". Essa insinuação tem uma explicação bem mais simples. E a explicação é que o parcial chefe de redacção desse jornal discorda da carta e, por sua vontade, nenhum cidadão - ainda que com ela concordasse - deveria assiná-la. Daí a considerar que os cidadãos presidentes de junta têm o direito de expressão sujeito a limitações vai um passo. E estas limitações, bem entendido, significariam só se exprimir "com procuração" do cidadão-protector Tito Couto, o iluminado.

Por conseguinte, não será difícil antever que os presidentes de junta de Paredes e Penafiel não
aceitarão lições de democracia de um ideólogo cujo desatino mais sonoro retinia assim "o povo é
nojento". Tão profundo "pensamento" diz tudo sobre o respeito que pelo povo nutre alguém que
também espera(?) que o mesmo povo lhe corra um dia a comprar o jornal.

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nota final: Na última assembleia da Freguesia de Castelões de Cepeda, realizada no sábado 22 de Dezembro, o Sr. Presidente de Junta recebeu o apoio e solidariedade das diferentes bancadas. Inclusivamente, elementos do Partido Socialista terão afirmado que o Sr. Presidente da Junta bem poderia ter assinado a carta "em nome da Junta", pois ela traduzia o sentimento geral da população face ao projecto aborto no Centro de Saúde de Paredes. Parece-nos que isto basta para fazer desvanecer quaisquer dúvidas, sobre de que lado se encontra a "Vox Populi". Está tudo dito!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Feliz Natal a todos os homens e mulheres de boa vontade


Esperamos que a ARS-norte reconsidere as suas prioridades no que diz respeito aos centros de Saúde do Vale do Sousa e não manche esta quadra natalícia com um "presente envenenado" para estas populações cuja voz os presidentes de junta acabam de fazer ouvir em carta aberta entregue na ARS-norte... com os "votos" de 45.000 cidadãos!

Caso contrário, não faltará determinação a este grupo de cidadãos para lutar pela primazia do seu direito à saúde sobre as opções ideologicamente determinadas de priorizar o aborto antes de resolver as graves carências de médicos de família na região.

Não seremos os primeiros nem os últimos cidadãos a defender com êxito o seu centro de saúde:
Vendas Novas
Caldas da Raínha
APCP
Góis
e tantos outros...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

o assessor, o vice-presidente, o ministro ou o primeiro-ministro?


Esta manhã, porém, na sede da Administração Regional de Saúde do norte, fomos informados pela própria secretária do Presidente do Conselho Directivo que o dossier IVG está a cargo do Dr. Fernando Araújo. Perguntando por Paulo Sarmento, que imaginávamos um alto responsável daquela instituição, fomos informados pela própria secretária do Sr. Director que se trataria de um ... assessor!!!

É então a um simples assessor que a ARS-norte manda "dar a cara" pelo delirante projecto de aborto nos Centros de Saúde?!!!

A um simples assessor é que está entregue a coordenação da área de saúde materno-infantil da ARS-norte? Já temíamos que as prioridades na ARS-norte andassem bastante invertidas. Não imaginávamos quanto.

Realmente este caso do aborto nos Centros de Saúde está cada vez mais nebuloso. Se Paulo Sarmento não detinha as funções que noticia o DN de 22.09, certamente a ARS-norte teria desmentido ou rectificado esse dado. Se realmente detinha, não se compreende como é que tão importantes responsabilidades sejam confiadas a... um assessor!


Se, como talvez seja o caso, este assessor não for mais do que um porta-voz da ARS-norte para aquela área na dependência directa do vice-presidente Dr. Fernando Araújo, também fica difícil de entender como é que em 5 de Julho o próprio vice-presidente tenha "dado a cara" pela notícia veiculada pelo Público de antecipação do arranque das IVGs nos hospitais... e em Setembro tenha encomendado o serviço a um assessor.


Será que a própria ARS-norte tem vergonha desta sua(?) ideia para os Centros de Saúde? Ou será que, o que seria muito mais grave, as "orientações superiores devidamente fundamentadas" têm origem mais acima, no Ministro da Saúde ou no próprio Primeiro-Ministro, e foram obedecidas sem a concordância dos seus dirigentes? A "delegação" no assessor Paulo Sarmento teria então uma explicação bem plausível. E isto significaria igualmente que a luta dos cidadãos e autarcas de Paredes não seria já contra uma iniciativa espontânea da ARS-norte, mas sim do próprio governo central. A verificar-se essa hipótese, justificar-se-á então um "reposicionar de baterias" do nosso combate cívico, mantendo-se embora a natureza estritamente apartidária que desde o princípio nos caracteriza e une em torno da Causa do Bem Comum.


Também é possível que uma chave de interpretação do mistério esteja na própria declaração de Setembro: «Paulo Sarmento justifica o alargamento das consultas de IVG aos centros de saúde devido ao factor de "proximidade" que constitui o médico de família. » Talvez o aparente distanciamento do Conselho Directivo tenha que ver com o despudorado recurso ao conceito teórico de "proximidade do médico de família", sabendo perfeitamente que a maioria dos cidadãos de Paredes - e talvez dos outros concelhos referidos - não possui médico de família!


Mas quanto às intenções mais ou menos assumidas da ARS-norte é que não pode haver quaisquer dúvidas . A ideia era mesmo concretizar o projecto em plena época natalícia, contando talvez com a distracção das pessoas ou então enfatizando o efeito "bofetada" já presente na insidiosa escolha de 4 concelhos que claramente disseram "não" ao aborto:"[...] até ao final do ano, os centros de saúde de Penafiel, Paredes e Amarante", afirmou Paulo Sarmento.


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in dn.sociedade 22.09.2007


Aborto com medicamentos arranca em 4 centros de saúde
PAULO JULIÃO, Viana do Castelo
Viana do Castelo dá o sinal de partida dentro de uma semana

Até ao final do ano haverá quatro centros de saúde a promover a interrupção voluntária da gravidez (IVG) quimicamente. O programa arranca em Viana do Castelo e será já dentro de uma semana, garantiu ontem ao DN o coordenador da área de saúde materna da Administração Regional de Saúde do Norte.

"Em Viana do Castelo, a consulta vai começar no início de Outubro e seguir-se-ão, até ao final do ano, os centros de saúde de Penafiel, Paredes e Amarante", afirmou Paulo Sarmento. O Centro de Saúde de Viana do Castelo será o primeiro, em Portugal, a efectuar abortos "quimicamente", através de medicamentos, tendo já sido ministrada a respectiva formação a um grupo constituído por dois médicos, dois enfermeiros e ainda uma assistente social e uma psicóloga.

"Prevíamos o início destas consultas para 15 de Setembro, mas gerou--se algum atraso no processo de articulação entre o centro de saúde e o hospital de Viana", reconheceu.

Segundo Paulo Sarmento, a escolha da unidade de Viana para lançar o programa deveu-se à "grande proximidade" do Centro Hospitalar do Alto-Minho, que permite a realização da indispensável ecografia, sem obrigar a paciente a grandes deslocações e garantindo uma intervenção imediata caso se registe qualquer complicação na IVG.

No início do próximo ano será feita uma "avaliação no terreno", de forma a definir o alargamento destas consultas a outros centros de saúde do País.

"Nos hospitais, a experiência que temos é que em mais de 95% dos casos a IVG faz-se desta forma, quimicamente", explica Paulo Sarmento. Quinze dias depois, a mulher volta a ser consultada para confirmar se a interrupção correu normalmente. Neste caso, a IVG faz-se em apenas uma semana, sem internamento da mulher. "Quanto muito, será acompanhada durante a manhã em que toma os comprimidos", sublinha o responsável.

Paulo Sarmento justifica o alargamento das consultas de IVG aos centros de saúde devido ao factor de "proximidade" que constitui o médico de família.

"Nos meios pouco urbanos, este clínico conhece muito bem a situação do agregado familiar e pode estar numa situação, se for o caso, de conversar abertamente com a mulher e sobre as suas opções. Mas pode sempre recorrer ao hospital, se quiser", concluiu.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

NOTA DE IMPRENSA: Presidentes de Junta de Paredes e Penafiel assinam carta aberta contra projecto (ARS-norte) de abortos nos centros de saúde

Na próxima 4ª - feira de manhã, pelas 11h00, será entregue na sede da ARS-norte* uma carta aberta assinada por presidentes de junta representativos de mais de 45.000 eleitores de Paredes e Penafiel. Esta carta aberta exprime uma clara discordância com a prioridade ao aborto no Centro de Saúde e obteve o apoio de numerosos autarcas eleitos em listas do PSD, em listas independentes e até em listas do PS.

Esta acção pública constitui o corolário de um conjunto de actos de protesto cívico levados a cabo ao longo de dois meses e meio e que têm vindo a mobilizar a opinião pública contra o projecto de aborto nos centros de saúde, sobretudo enquanto nestes não forem colmatadas gravíssimas lacunas especialmente no que diz respeito à Saúde Familiar. Esta carta aberta, deverá constituir um sério aviso para que os responsáveis da ARS-norte se abstenham de afrontar ostensivamente a vontade das populações agora expressa pelos seus representantes legítimos, com toda a força inerente à sua legitimidade democrática. Assinam o documento os presidentes de junta de Cristelo, Rebordosa, Recarei, Castelões de Cepeda,Aguiar de Sousa, Lordelo,Vila Cova de Carros,Baltar,Sobreira,Sobrosa,Gondalães (Paredes) e Guilhufe (Penafiel).

Após a entrega da carta, este movimento estará à disposição da comunicação social para esclarecimentos sobre próximas acções, caso a presente não surta o esperado efeito.

Paredes Pela Vida
http://paredespelavida.blogspot.com/


* R. Santa Catarina, 1288 - Porto
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sábado, 15 de dezembro de 2007

CARTA ABERTA dos presidentes de Juntas de Freguesia servidas pelo Centro de Saúde de Paredes

CARTA ABERTA AO DIRECTOR DA

Administração Regional de Saúde do norte

Nós, os cidadãos presidentes de Juntas de Freguesia servidas pelo Centro de Saúde de Paredes, assumidos intérpretes dos mais profundos anseios das populações que nos elegeram, aqui declaramos a nossa discordância com a prioridade dada à implantação aí de uma sala de aborto com a respectiva equipa de profissionais, deixando para mais tarde o problema mais antigo e mais grave, do ponto de vista dos utentes, da falta de médico de família para 10.000 cidadãos portugueses desta área que, embora com os mesmos direitos que quaisquer outros, não têm na prática o acesso aos mesmos serviços, o que prefigura uma situação de manifesta e persistente injustiça que a Administração Regional de Saúde do norte não deveria abdicar de resolver.

Bem ao contrário, o responsável da área de saúde materno-infantil da ARS-norte, embora ciente de que os concelhos de Paredes, Penafiel e Amarante apenas dispõem actualmente de uma maternidade, situação que tem levado a não raros partos em ambulâncias, propõe agora que cada concelho tenha o seu centro de aborto. É nosso dever manifestar a nossa discordância com este propósito e solicitar respeitosamente a quem de direito a sua reponderação com o devido respeito pelos superiores interesses e prioridades das populações interessadas, o que poderá passar pela sua consulta, em linha com as práticas de “orçamento participativo” já seguidas em diversas autarquias.


Paredes, 8 de Dezembro de 2007

Assinam os presidentes de junta das freguesias de Cristelo, Rebordosa, Recarei, Castelões de Cepeda, Aguiar de Sousa, Lordelo, Vila Cova de Carros, Baltar, Sobreira, Sobrosa, Gondalães (Paredes) e Guilhufe (Penafiel); REPRESENTANTES DEMOCRÁTICOS DE 45.021 ELEITORES DOS CONCELHOS DE PAREDES E PENAFIEL, ELEITOS EM LISTAS DO PSD, DO PS E INDEPENDENTES.

leia e passe

Todas as crianças têm o Direito ao ensino! Concordaria que o Governo impedisse metade das crianças e jovens de Paredes de o frequentar?


Todos os cidadãos têm Direito de utilizar a via pública! Concordaria com o Governo se este impedisse metade dos Paredenses de circular nas ruas públicas?


Todas as famílias têm o mesmo Direito a um Médico de Família! Como pode concordar então que 10.000 cidadãos só na cidade de Paredes, e muitos mais no Concelho, tenham de ver adiado ainda mais tempo este Direito porque o dinheiro que chegou vai para a preparação de uma sala de aborto e para uma equipa médica a ser chamada de fora do quadro do nosso Centro de Saúde?


E como reagirão os cidadãos se virem os seus representantes silenciosos perante tamanha injustiça, em vez de se pronunciarem claramente contra esta medida anunciada? O aborto no Centro de Saúde de Paredes é mais necessário e prioritário que a Saúde familiar?


sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Para suscitar a tomada de consciência sobre o problema e obrigar à discussão pública

in Verdadeiro Olhar, pág 22, 14.12.2007


Do encontro realizado, no passado dia 7, pelo Movimento de Cidadãos em Defesa do Centro de Saúde de Paredes, para decidir quais os próximos passos da luta contra a execução do programa de aborto químico neste centro, saiu a decisão de avançar para um referendo local.

Esta possibilidade está agora apenas dependente do resultado da Assembleia Municipal, que se realiza amanhã, dia 15, onde, segundo Luís Botelho Ribeiro, porta-voz do movimento, vão tentar que se discuta "de forma não partidarizada" esta questão, esperando que haja uma tomada de posição pelo poder político. Caso isso não aconteça, ou se "tomarem uma posição que achemos contrária ao concelho de Paredes, aí sim, justificar-se-á um referendo local", adiantou o representante.

Causa tem tido grande adesão

O referendo local constitui a possibilidade, conferida pela Constituição, de os eleitores de um município ou de uma freguesia manifestarem a sua vontade, decidindo sobre um determinado assunto, em vez de o deixarem nas mãos dos órgãos eleitos que os governam.

Luís Botelho Ribeiro afirma que com esta diligência pretendem promover "uma tomada de consciência de todos os cidadãos quanto a este problema" e a uma consequente tomada de posição pelo Governo. "Perante uma discussão pública e uma votação, o Governo terá de agir de acordo com a vontade das pessoas, senão seria completamente anti-democrático" afiançou o porta-voz.

Ainda segundo o representante deste movimento, a adesão moral a esta causa tem sido grande, sendo que "toda a gente se mostra revoltada com a perspectiva de um centro de saúde que já está a abarrotar, ter mais este serviço que em nada acrescenta àquilo que são as prioridades das pessoas". "O que se está a propor em Portugal são os valores da morte e a secundarização dos verdadeiros interesses das pessoas, como é a saúde", reiterou.

Mostrar que o conformismo não se instalou

Luís Botelho Ribeiro acredita que as acções realizadas nos últimos dois meses têm demonstrado o inconformismo da população e que "a adopção do aborto químico em Paredes vai ter oposição, cada vez mais visível e audível".

Este movimento não compreende como é que se põe a prática do aborto acima das outras necessidades da população, quando, por exemplo, "as maternidades são cada vez menos, e muitas mulheres têm os filhos nas ambulâncias", disse o porta-voz.

Até agora os meios de luta deste movimento têm-se manifestado através de cartas, iniciativas de sensibilização da população, preenchimento preventivo do livro de reclamações do Centro de Saúde e de um abaixo-assinado entregue à Administração Regional de Saúde do Norte.

Declaração dos direitos humanos do concebido


Declaração dos direitos humanos do concebido


Princípio 1: Todo o Concebido, homem ou mulher, deficiente ou não, desfrutará dos direitos enunciados nesta Declaração.


Princípio 2: Todo o Concebido tem direito a que se lhe reconheça como um indivíduo da espécie humana e, pelo mesmo, conta com todos os direitos humanos reconhecidos pela ONU, pelos organismos internacionais e pelas constituições dos Estados.


Princípio 3: Todo o Concebido tem direito a que se lhe reconheça a sua individualidade, tanto que seu código genético próprio é único e irrepetível e, pelo mesmo, diferente do de seus progenitores.


Princípio 4: Todo o Concebido tem direito a que se reconheça e respeite nele o valor supremo da vida, desde o momento da concepção até à sua morte natural e, pelo mesmo, deverá ser respeitado e cuidado este direito ao longo de todo seu processo de vida no seio materno e, uma vez nascido, fora dele.


Princípio 5: O valor supremo da vida do Concebido deve ser o princípio reitor de quem tem a responsabilidade de velar por seu desenvolvimento integral. Tal responsabilidade recai, em primeiro termo, nos seus pais, e de maneira subsidiária nos seus demais familiares, na sociedade e no Estado.


Princípio 6: Todo o Concebido deverá ser protegido de qualquer tipo de discriminação por motivo de raça, etnia, condição genética, sexo, origem social, situação económica, dele ou de seus progenitores.


Princípio 7: O Concebido é um indivíduo em desenvolvimento, com seus direitos específicos, que não pode reclamá-los nem exigi-los por razões próprias desta etapa de sua vida, pelo que se impõe a seus pais, à sociedade e ao Estado a obrigação irrenunciável de velar por seu respeito.


Princípio 8: Todo o Concebido, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua individualidade, deverá fazê-lo sob o amparo e responsabilidade de seus pais e, em todo caso, em um ambiente de afecto e de segurança. A mulher grávida deverá contar com os cuidados próprios e atenções especiais deste período.


Princípio 9: Todo o Concebido disporá das oportunidades e serviços dispensados pela lei e por outros meios, em condições de liberdade e dignidade, para que possa desenvolver-se física, mental, espiritual e socialmente, de forma integral; com este fim deverão proporcionar-se, tanto a ele como a sua mãe, cuidados especiais.


Princípio 10: Todo o Concebido tem direito a uma nacionalidade, e o Estado deverá reconhecer e proteger todos seus direitos.

Repost de: http://algarvepelavida.blogspot.com/2007/09/declarao-dos-direitos-humanos-do.html

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

oração dos fiéis

Apelamos à consciência e coerência corajosa do clero português, para que não esqueça na Eucaristia - centro da vida de Fé - a Verdade de que a Igreja é depositária sobre a Dignidade Absoluta da Vida Humana a partir do momento da concepção.

"pelas vítimas inocentes do aborto e para que o Senhor acolha no seu perdão todas as mulheres e todos os responsáveis pelos abortos realizados em Portugal"

"por todas as vítimas do aborto: os bebés, as mães, os pais - que o Senhor os acolha na sua infinita misericórdia"

"para que a sociedade portuguesa tome rapidamente consciência do absoluto mal que o aborto represente e opte com coragem por um caminho que promova a inclusão dos bebés no projecto de Vida de seus pais"

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

É Natal. Na ARS-norte, "Herodes" prepara a matança dos Inocentes...


Só pode ser "coisa do Diabo" isto de se porem a gastar dinheiro público para, em plena quadra natalícia, preparar em PAREDES uma sala de morte! É esta a prenda de Natal que a ARS-norte quer dar aos paredenses, penafidelenses e amarantinos?

E não é seguramente de democratas criar todos os quatro Centros de Aborto experimentais em municípios onde o "Não ao aborto" obteve vitórias claríssimas - em Paredes a vitória cifrou-se em 66,1%. Quem assim afronta estes cidadãos não pode ser Democrata. E também não será, porventura, muito inteligente...

----- § -----

Que os cidadãos de Penafiel e os de Amarante continuem distraídos do Verdadeiro Espírito do Natal, que é Espírito de Vida, entretidos com as compras de Natal e com o "progresso" que às tantas até vêem no "aborto ao pé da porta", é lá com eles.

Se todos tivermos de cair, saber-se-á que só Paredes caíu de pé!
Mas se todos nos salvarmos deste Natal da Matança dos Inocentes... o futuro lamentará que só Paredes tenha resistido e lutado; que na região de Sousa e Tâmega só Paredes tenha sido cabeça e coração feitos verbo e acto! Ou será que ainda resta alguma fibra e dignidade nessas terras que viram nascer o P.e Américo, António Nobre, Teixeira de Pascoaes, Amadeo de Sousa Cardoso e Leonardo Coimbra?

Adei...

Penafiel, Amarante,

Acordai!!!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

direito de resposta

Como é natural, a par do forte apoio, este movimento tem também sido alvo de alguns ataques socorrendo-se de inverdades e especulações na ânsia, talvez, de nos ver esmorecer na nossa justa luta. Saibam os seus autores declarados, como o Sr. Director do "Fórum do vale do sousa", mais ou menos conhecido prosélito pró-aborto, ou os seus mandantes ocultos que, ao contrário de afrouxar, tais tentativas têm o condão de nos confirmar na justeza da nossa Causa e cerrar fileiras em sua defesa.

Os nossos sinceros agradecimentos pelo vosso involuntário estímulo!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

nota de imprensa

No dia 7 de Dezembro, sexta-feira, pelas 21h00 terá lugar um encontro aberto no Centro Pastoral Nossa Senhora da Conceição (salão paroquial) na cidade de Paredes. Este encontro visa contribuir para uma maior tomada de consciência da população paredense e tomar uma decisão sobre o próximo passo da campanha resistência cívica ao programa de aborto químico no Centro de Saúde de Paredes. Em cima da mesa estará uma proposta de realização de um referendo local por iniciativa dos cidadãos.

Este é mais um passo de uma série de acções realizadas durante os últimos dois meses, incluindo cartas, "abaixo-assinados", sensibilização da população, contactos com o pessoal médico, administrativo e de enfermagem, intervenção na imprensa, preenchimento preventivo do livro de reclamações do Centro de Saúde. A população tem demonstrado assim a sua solidariedade com os profissionais do Centro de Saúde, praticamente todos objectores de consciência, e que não terão sido consultados ou sequer informados antes do anúncio do projecto de "via verde para o aborto de proximidade" pela
Administração Regional de Saúde norte (ARS-norte) em finais de Setembro.

Os cidadãos de Paredes sentem uma grande preocupação perante a desvalorização das suas reais dificuldades, nomeadamente a falta de médico de família para 10.000 utentes e os longos tempos de espera por consulta ou atendimento de "urgência". Não comprendem a extrema prioridade - com a correspondente dotação orçamental - atribuida pelo responsável pela área de saúde materno-infantil da ARS-morte... ao aborto! Actualmente Paredes, Penafiel e Amarante dispõem de apenas uma maternidade. Mas o Governo propõe agora que cada concelho tenha o seu Centro de Aborto.

Qual é a lógica de colocar os serviços que supostamente se pretendem incentivar (apoio à natalidade) mais longe das pessoas (levando a cada vez mais partos nas ambulâncias); e trazer para a sua proximidade aquilo que os nossos governantes diziam querer minimizar (o número de abortos)?

Sendo certo que hoje é tão legal o novo "direito a abortar" como o velho "direito a um médico de família", com que fundamento o novo direito se sobrepõe ao velho? Como se mobilizam novos recursos para o aborto e não se atende antes aquela que, no caso de Paredes, é a necessidade mais gritante e urgente da generalidade das pessoas?

Estas e outras questões serão tratadas na reunião da qual se espera que resulta um plano de acção concreta e o envolvimento activo dos paredenses na defesa do seu Centro de Saúde como casa aberta à Saúde e à Vida - que sempre foi e se espera que continue a ser.


http://paredespelavida.blogspot.com/
portugalprovida@gmail.com

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Referendo: sim ou não?

«Antónia, Zeferino: dois cidadãos com os impostos em dia. Ele tem acesso a médico de família - ela já pediu há anos mas ainda não conseguiu.»

Será admissível a manutenção de situações de desigualdade gritante no acesso à saúde em pleno séc. XXI num país que se quer democrático e onde se pretende garantir a igualdade de oportunidades?

Se isto não é, de facto, admissível a nenhum título a não ser por falta de dinheiro, como se pode compreender que se mobilizem recursos do Ministério da Saúde para dotar o Centro de Saúde de Paredes com uma dispendiosa "via verde" para o aborto - que ninguém daqui pediu e o corpo clínico recusa integrar por objecção de consciência?...

O Estado deve estar ao serviço das prioridades dos cidadãos. Não pode tornar-se um instrumento para a promoção política de dirigentes da área de saúde materno-infantil da Administração Regional de Saúde do norte, eventualmente desejosos de "mostrar serviço" ao Sr. Ministro da Saúde.


Por isso impõe-se dar a voz aos paredenses!
  • Concordarão os utentes do Centro de Saúde, passivamente, com a criação do novo serviço mantendo-se o quadro de pessoal e tudo o resto como está?

  • Concordarão os utentes com a previsível degradação adicional do serviço?

  • Concordarão os paredenses com mais este adiamento da perspectiva de um dia todos poderem ter acesso a um "médico de família", quando, por outro lado, tão rapidamente se decide e operacionaliza um serviço totalmente novo de aborto químico?

  • Aceitarão, os paredenses, que os seus representantes democraticamente eleitos fiquem em silêncio perante este projecto e perante a decisão de Paredes integrar o primeiro contingente de 4 centros de "aborto de proximidade"?

  • Acatarão os paredenses uma decisão que prefigura até uma afronta à sua vontade expressa no referendo, posto que se pronunciaram com um claro "não" ao aborto?

  • Perante o grave problema da baixa natalidade e envelhecimento da população portuguesa, estarão os paredenses passivamente dispostos a deixar instalar-se na sua cidade um "centro de morte" pago pelos seu impostos? Mesmo sabendo que a cerca de dez mil conterrâneos é negado na prática o simples acesso a um "médico de famíla"?
Se partilha a nossa indignação perante a situação que se prepara, compareça e traga um amigo na próxima sexta-feira pelas 21h00 no "Centro Pastoral Nossa Senhora da Conceição", ou seja, no salão paroquial de Paredes.


"Paredes com Vida" não são meras palavras de circunstância para a evocação do centenário da nossa igreja. São uma profissão de Fé no futuro de Paredes, num futuro com Vida!

Juntos, faremos a diferença.
Unidos, seremos a verdadeira "união de Paredes"!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

DELEGAÇÃO DE SAÚDE ADMITE ESTAR A PREPARAR «PROCEDIMENTOS SOBRE A I.V.G.»


Acessibilidade - transcrição do texto relevante da carta acima:
De: Administração Regional de Saúde do Norte
Sub-região de Saúde do Porto
Centro de Saúde de Paredes e Rebordosa

Exmo Sr
Luis Filipe [...]

Assunto: resposta à Exposição Nº7035911

Agradecemos o envio da sua exposição, uma vez que nos deu um contributo importante para a melhoria dos nossos Serviços.
Compreendemos a preocupação de V. Exa., mas somos a informar que os procedimentos clínicos que estão a ser preparados sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, estão a coberto da Lei e obedecem a orientações superiores devidamente fundamentadas.
Esperamos ter contribuído para a melhor solução do problema que nos expôs.

Com os melhores cumprimentos,

O(a) Director(a)
Maria(?) de Fátima(?) da Silva Fonseca(?) (assinatura pouco legível)


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Breve comentário:
- O centro de saúde de paredes está sem Director efectivo desde a aposentação/movimentação do Dr. Dias Campos.

- Em nenhum momento contestámos a legalidade do processo que se prepara, mas sim a sua moralidade em face das verdadeiras necessidades por todos sentidas.

- Bom seria que fossem públicas as "orientações superiores devidamente fundamentadas" que são referidas. Assim se conheceria de onde emanam em última instância: Do Sr. Ministro da Saúde? Do Sr. Primeiro Ministro? E assim se conheceria igualmente a razão porque se decidiu criar tão depressa este sinistro serviço no Centro de Saúde de Paredes, e preterir para as calendas gregas o Serviço de Médico de Família para todos, a redução dos tempos de espera nas emergências, ou nas consultas... Ainda a semana passada nos responderam que já só marcavam consultas... para o próximo ano!!! Seria certamente um belo exercício de transparência administrativa a publicação dessas iluminadas "orientações fundamentadas"...

Ecos

DN de 1.12.2007


RTP Teletexto dia 30.11.07 (página 203):


RTP online
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=310908&visual=26&tema=1

Diário Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=307376


Infovitae 755 - Segunda-feira 3 de Dezembro de 2007

* Portugal - Cidadãos contra abortos no centro de saúde


LUSA

Saúde/Paredes: Cidadãos contestam abortos num centro de saúde sem médico para 10 mil utentes
Porto, 30 Nov (Lusa) - Mais de uma centena de cidadãos de Paredes reclamam o abandono do "projecto de realização de abortos" no Centro de Saúde local, que "desvia recursos de áreas verdadeiramente prioritárias" num concelho onde há dez mil pessoas sem médico de família, foi hoje anunciado.
A exigência está expressa em documento do Movimento de Cidadãos em Defesa do Centro de Saúde de Paredes dirigido quarta-feira à Administração Regional de Saúde do Norte.
No documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, os subscritores pedem "o aumento do quadro médico e de enfermagem e o abandono do projecto de realização de abortos no Centro de Saúde de Paredes".
Dizem os subscritores que o "serviço de aborto" de proximidade "não corresponde a uma necessidade real da população e desvia recursos de áreas verdadeiramente prioritárias para os utentes e que carecem de atenção".
O projecto - sublinha o documento - "colide também com os desejos e sentimentos desta população, democraticamente expressos no referendo nacional de 11 de Fevereiro de 2007".
Em paralelo com esta iniciativa, os cidadãos subscritores do documento lançaram o blogue
http://paredespelavida.blogspot.com/, em que acusam o governo de "desistir de satisfazer os pedidos de médico de família da população" que, por sua vez, "começa a desistir de os apresentar sequer".
"Mas [o governo] insiste em 'evangelizar' esta região para o 'admirável mundo novo' do aborto a pedido, facilitando o acesso com uma dispendiosa 'via verde' para quem, no primeiro meio ano, se revelou mais refractário à 'cultura da morte'", contrapõem.
A agência Lusa tentou, sem êxito, um comentário da Administração Regional de Saúde do Norte.

JGJ.
Lusa/fim

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Sexta-feira, 7 de Dezembro, 21h00 - salão do centro paroquial


No dia 7 de Dezembro, Sexta Feira, pelas 21h00, terá lugar um encontro pró-Vida no salão paroquial de Paredes (centro pastoral Nª Srª da Conceição), junto à igreja matriz.
O objectivo deste encontro aberto é debater ideias sobre novas medidas a tomar em relação ao anunciado programa de aborto químico no Centro de Saúde de Paredes por contraponto às suas graves carências, nomeadamente à falta de médicos de família.

Espera-se que este encontro junte o maior número de pessoas motivadas para a defesa activa de um centro de saúde ao serviço da Vida, ao serviço de Paredes e dos paredenses.


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

DN: «Aborto é metade do esperado»

2007/11/28 | 08:33
Em Portugal os números indicam que serão dez mil por ano, o que corresponde a metade do previsto pelos especialistas

terça-feira, 27 de novembro de 2007

cidadãos de Paredes opõem-se à priorização do "aborto" em detrimento da "saúde familiar"

Esta quarta-feira 28/11, ao fim da manhã, será entregue em mão no Centro de Saúde de Paredes uma carta dirigida ao Director da A.R.S. norte. Circulada em pouco tempo e pouquíssimos locais, vai subscrita por mais de uma centena de cidadãos que exigem uma resposta - uma resposta urgente, ao contrário do que tem acontecido com as participações no mesmo sentido já registadas no "livro de reclamações". Se tal não acontecer, outras medidas deverão ser anunciadas em breve. O texto da carta é como se segue:

«Exmº Senhor Director da Administração Regional de Saúde do Norte

Saberá V. Ex.ª das graves carências do Centro de Saúde de Paredes, há muito sentidas por uma população com cerce de 10.000 pessoas sem acesso a médico de família. Assim, os cidadãos abaixo assinados vêm respeitosamente requerer a V. Exª o aumento do quadro médico e de enfermagem e o abandono do projecto de realização de abortos no Centro de Saúde de Paredes. O “serviço de aborto” de proximidade não corresponde a uma necessidade real da população e desvia recursos de áreas verdadeiramente prioritárias para os utentes e que carecem de atenção. Este projecto de “aborto no centro de saúde” colide também com os desejos e sentimentos desta população, democraticamente expressos no referendo nacional de 11 de Fevereiro de 2007.»

Paredes pela Vida
Portugal pro Vida

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Quando o poder delira...


Quidquid delirant reges, plactuntur Achivi

Não estará o "poder" a delirar quando - apesar da "guerra do défice" - é capaz de mobilizar meios para o proselitismo pró-aborto em regiões menos permeáveis ao seu desvario ideológico...
... mas se demite de cumprir o mais básico da sua natural missão - garantir o acesso universal ao serviço nacional de saúde, inscrito na Constituição?

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Eis, em suma, o que este governo se prepara para fazer em Paredes:

- desiste de satisfazer os pedidos de médico de família da população (esta,por sua vez, começa a desistir de os apresentar sequer...)

- mas insiste em "evangelizar" esta região para o "admirável(?) mundo novo" do aborto a pedido, facilitando o acesso com uma dispendiosa "via verde" para quem, no primeiro meio ano, se revelou mais refractário à "cultura da morte"


O poder em Portugal ensandeceu.
O "Rei" vai nu.
O poder está nu.

Resistir ou morrer!

domingo, 18 de novembro de 2007

Movimento de Cidadãos em Defesa do Centro de Saúde de Paredes

É pública e notória a falta de pessoal médico e de enfermagem nos Centros de Saúde da região do Vale do Sousa, o que se traduz - por exemplo - em cerca de 10.000 cidadãos sem acesso a médico de família apenas na área de influência do Centro de Saúde de Paredes. Tais carências traduzem-se em longas esperas para os que têm a sorte de estar inscritos. Os outros vêm-se na necessidade de recorrer a clínicas privadas, cada vez em maior número, naturalmente com custos mais elevados. Esta realidade prefigura uma discriminação inaceitável entre cidadãos igualmente cumpridores das suas obrigações para com o Estado, os quais vêm assim desigualmente respeitados os seus direitos de acesso à saúde.

Desde Setembro têm circulado na imprensa nacional e regional notícias não desmentidas sobre a intenção governamental de criar um serviço de aborto químico em diversos centros de Saúde dos vales do Sousa e Tâmega. Estas notícias conduzem-nos necessariamente a duas conclusões:

- a primeira é a de que existem finalmente recursos para investir no reforço dos serviços públicos de saúde na região;
- a segunda conclusão é de que as prioridades na afectação destes recursos não pretendem servir as necessidades das populações, mas ao canalizar estes recursos para o reforço da "rede pública do aborto", mostram estar mais preocupadas em servir interesses ideológicos que nada têm que ver com os cidadãos desta região, nem com a promoção da saúde pública.

Com esta política a Administração Regional de Saúde do Norte dá sinais muito preocupantes de desvalorização das necessidades urgentes dos milhares de cidadãos sem acesso ao sistema público de saúde, para se colocar despudoradamente ao serviço duma campanha ideológica de promoção do aborto numa região onde as primeiras estatísticas revelam pouca adesão, ao contrário o que sucedeu em Lisboa e Vale do Tejo.

Foi neste contexto que surgiu o presente movimento espontâneo de cidadãos, independentes de quaisquer partidos políticos, interesses económicos ou credos religiosos. O nosso movimento de cidadania visa denunciar uma grave inversão de prioridades por parte da A.R.S. do norte, afirmar a total perda de confiança nos responsáveis pela área de saúde materna, e exigir que antes de qualquer iniciativa de promoção do aborto nos centros de saúde, a administração resolva primeiro as graves carências da rede de cuidados primários nesta região. Pare este efeito estamos a promover um conjunto de iniciativas para as quais pedimos o maior apoio por parte dos utentes e especialmente pelos excluídos do acesso a médico de família.

Em concreto propomos-lhes que:

- distribuam esta mensagem pelos vossos contactos pessoais e pelos emails do maior número de pessoas da região potencialmente afectadas por esta situação;

- imprimam e dêem a assinar esta carta que pretendemos enviar ao Director da Administração Regional de Saúde do norte;

- nos enviem os vossos contactos e sugestões por email para: portugalprovida@gmail.com

- subscrevam este blogue para se manterem ao corrente das informações que forem saindo;

- imprimam e distribuam para afixação nas montras e portas dos estabelecimentos da região a seguinte folha que dará o sinal externo e visível desta campanha que, sendo regional, não deixará de atrair sobre Paredes a atenção do país.

- nos comuniquem a vossa disponibilidade para ajudar na preparação de algumas acções de maior visibilidade;


Os Cidadãos Unidos jamais serão vencidos! Vamos lutar pela igualdade no acesso à saúde, contra o abandono a que esta região tem sido votada, excepto quando se trata agora de promover uma política de aborto que este povo nas urnas maioritariamente rejeitou, deixando para depois aquelas que são as mais verdadeiras e urgentes necessidades das pessoas, dos cidadãos, dos contribuintes.