quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Referendo: sim ou não?

«Antónia, Zeferino: dois cidadãos com os impostos em dia. Ele tem acesso a médico de família - ela já pediu há anos mas ainda não conseguiu.»

Será admissível a manutenção de situações de desigualdade gritante no acesso à saúde em pleno séc. XXI num país que se quer democrático e onde se pretende garantir a igualdade de oportunidades?

Se isto não é, de facto, admissível a nenhum título a não ser por falta de dinheiro, como se pode compreender que se mobilizem recursos do Ministério da Saúde para dotar o Centro de Saúde de Paredes com uma dispendiosa "via verde" para o aborto - que ninguém daqui pediu e o corpo clínico recusa integrar por objecção de consciência?...

O Estado deve estar ao serviço das prioridades dos cidadãos. Não pode tornar-se um instrumento para a promoção política de dirigentes da área de saúde materno-infantil da Administração Regional de Saúde do norte, eventualmente desejosos de "mostrar serviço" ao Sr. Ministro da Saúde.


Por isso impõe-se dar a voz aos paredenses!
  • Concordarão os utentes do Centro de Saúde, passivamente, com a criação do novo serviço mantendo-se o quadro de pessoal e tudo o resto como está?

  • Concordarão os utentes com a previsível degradação adicional do serviço?

  • Concordarão os paredenses com mais este adiamento da perspectiva de um dia todos poderem ter acesso a um "médico de família", quando, por outro lado, tão rapidamente se decide e operacionaliza um serviço totalmente novo de aborto químico?

  • Aceitarão, os paredenses, que os seus representantes democraticamente eleitos fiquem em silêncio perante este projecto e perante a decisão de Paredes integrar o primeiro contingente de 4 centros de "aborto de proximidade"?

  • Acatarão os paredenses uma decisão que prefigura até uma afronta à sua vontade expressa no referendo, posto que se pronunciaram com um claro "não" ao aborto?

  • Perante o grave problema da baixa natalidade e envelhecimento da população portuguesa, estarão os paredenses passivamente dispostos a deixar instalar-se na sua cidade um "centro de morte" pago pelos seu impostos? Mesmo sabendo que a cerca de dez mil conterrâneos é negado na prática o simples acesso a um "médico de famíla"?
Se partilha a nossa indignação perante a situação que se prepara, compareça e traga um amigo na próxima sexta-feira pelas 21h00 no "Centro Pastoral Nossa Senhora da Conceição", ou seja, no salão paroquial de Paredes.


"Paredes com Vida" não são meras palavras de circunstância para a evocação do centenário da nossa igreja. São uma profissão de Fé no futuro de Paredes, num futuro com Vida!

Juntos, faremos a diferença.
Unidos, seremos a verdadeira "união de Paredes"!

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