domingo, 18 de novembro de 2007

Movimento de Cidadãos em Defesa do Centro de Saúde de Paredes

É pública e notória a falta de pessoal médico e de enfermagem nos Centros de Saúde da região do Vale do Sousa, o que se traduz - por exemplo - em cerca de 10.000 cidadãos sem acesso a médico de família apenas na área de influência do Centro de Saúde de Paredes. Tais carências traduzem-se em longas esperas para os que têm a sorte de estar inscritos. Os outros vêm-se na necessidade de recorrer a clínicas privadas, cada vez em maior número, naturalmente com custos mais elevados. Esta realidade prefigura uma discriminação inaceitável entre cidadãos igualmente cumpridores das suas obrigações para com o Estado, os quais vêm assim desigualmente respeitados os seus direitos de acesso à saúde.

Desde Setembro têm circulado na imprensa nacional e regional notícias não desmentidas sobre a intenção governamental de criar um serviço de aborto químico em diversos centros de Saúde dos vales do Sousa e Tâmega. Estas notícias conduzem-nos necessariamente a duas conclusões:

- a primeira é a de que existem finalmente recursos para investir no reforço dos serviços públicos de saúde na região;
- a segunda conclusão é de que as prioridades na afectação destes recursos não pretendem servir as necessidades das populações, mas ao canalizar estes recursos para o reforço da "rede pública do aborto", mostram estar mais preocupadas em servir interesses ideológicos que nada têm que ver com os cidadãos desta região, nem com a promoção da saúde pública.

Com esta política a Administração Regional de Saúde do Norte dá sinais muito preocupantes de desvalorização das necessidades urgentes dos milhares de cidadãos sem acesso ao sistema público de saúde, para se colocar despudoradamente ao serviço duma campanha ideológica de promoção do aborto numa região onde as primeiras estatísticas revelam pouca adesão, ao contrário o que sucedeu em Lisboa e Vale do Tejo.

Foi neste contexto que surgiu o presente movimento espontâneo de cidadãos, independentes de quaisquer partidos políticos, interesses económicos ou credos religiosos. O nosso movimento de cidadania visa denunciar uma grave inversão de prioridades por parte da A.R.S. do norte, afirmar a total perda de confiança nos responsáveis pela área de saúde materna, e exigir que antes de qualquer iniciativa de promoção do aborto nos centros de saúde, a administração resolva primeiro as graves carências da rede de cuidados primários nesta região. Pare este efeito estamos a promover um conjunto de iniciativas para as quais pedimos o maior apoio por parte dos utentes e especialmente pelos excluídos do acesso a médico de família.

Em concreto propomos-lhes que:

- distribuam esta mensagem pelos vossos contactos pessoais e pelos emails do maior número de pessoas da região potencialmente afectadas por esta situação;

- imprimam e dêem a assinar esta carta que pretendemos enviar ao Director da Administração Regional de Saúde do norte;

- nos enviem os vossos contactos e sugestões por email para: portugalprovida@gmail.com

- subscrevam este blogue para se manterem ao corrente das informações que forem saindo;

- imprimam e distribuam para afixação nas montras e portas dos estabelecimentos da região a seguinte folha que dará o sinal externo e visível desta campanha que, sendo regional, não deixará de atrair sobre Paredes a atenção do país.

- nos comuniquem a vossa disponibilidade para ajudar na preparação de algumas acções de maior visibilidade;


Os Cidadãos Unidos jamais serão vencidos! Vamos lutar pela igualdade no acesso à saúde, contra o abandono a que esta região tem sido votada, excepto quando se trata agora de promover uma política de aborto que este povo nas urnas maioritariamente rejeitou, deixando para depois aquelas que são as mais verdadeiras e urgentes necessidades das pessoas, dos cidadãos, dos contribuintes.

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