sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

um abraço de apoio do movimento MVMF

Caros amigos:
lembram-se da movimentação dos nossos amigos do Paredes pela Vida (o Luis Botelho Ribeiro e tantos e tão bons amigos)? Pois bem, ganharam! Por causa da movimentação que promoveram (vejam em
http://paredespelavida.blogspot.com/) não vai haver abortos no respectivo Centro de Saúde.
Isto prova que onde lutarmos (e não desistirmos) podemos ganhar! E que vale a pena tudo o que temos feito desde Fevereiro: novas associações, maior presença na comunicação social, iniciativas inovadoras (a ajuda à porta da Clinica dos Arcos e a oração também nas imediações), a resistência pacifica na objecção de consciência, e tantas coisas mais...!
Acreditem que é possível reverter a actual situação (mudar a lei por novo referendo ou no parlamento). Nada mais nos é pedido do que trabalho, empenho, imaginação e aquela alegria que nasce dos combates renhidos e das pelejas árduas. E ter presente que os políticos (no sentido partidário) andam sempre atrás das movimentações populares mas que se virem que vale a pena podem connosco arriscar caminhos novos (e em última instância é nesse dominio que tudo se decide).
Por outro lado os outros estão acossados...agora a tropa de ocupação são eles e os guerrilheiros somos nós...;-)
Um abraço de um muito contente António Pinheiro Torres (e um grande e forte abraço à malta de Paredes!!!)
Paredes não terá este serviço
Centros de saúde de Penafiel e Amarante começam este mês a fazer abortos medicamentosos
02.01.2008 - 18h26 Lusa

Os centros de Saúde de Penafiel e Amarante começam no final deste mês a fazer abortos medicamentosos, informou hoje o coordenador da área de saúde materna da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

Paulo Sarmento explicou que, ao contrário do que estava inicialmente previsto, o Centro de Saúde de Paredes já não vai fazer interrupções voluntárias da gravidez (IVG), "por se ter chegado à conclusão que não se justificava haver três pontos para abortos" no Vale do Sousa. "Foram escolhidos os centros de Penafiel e Amarante, em função de critérios como as condições físicas dos edifícios e o número de médicos objectores de consciência", indicou o responsável.

De acordo com Paulo Sarmento, as equipas que vão praticar IVG naqueles dois centros de saúde já receberam a respectiva formação, tanto teórica como prática, tendo esta última sido ministrada no Centro Hospitalar do Vale do Sousa. "Só faltam pequenos pormenores burocráticos, mas no final do mês o aborto químico [exclusivamente feito por medicamentos] já será praticado em Penafiel e Amarante", assegurou.

Em Outubro, arrancou a IVG no Centro de Saúde de Viana do Castelo, que se tornou no primeiro, em Portugal, a prestar este serviço. Segundo Paulo Sarmento, neste centro já foram praticados cerca de 30 abortos, 16 dos quais logo no primeiro mês.

"O que se passou é que, nessa altura, os dois obstetras que o Centro Hospitalar do Alto Minho [CHAM] foi obrigado a contratar, face à objecção de consciência de todos os especialistas do seu quadro, tiraram férias, levando a um fluxo de alguma forma anormal no Centro de Saúde", referiu. "Com o regresso ao trabalho dos obstetras do CHAM, a situação normalizou", sustentou o responsável.

As consultas prévias do "processo IVG" são asseguradas por duas equipas, cada uma delas constituída por um médico, uma enfermeira e uma técnica de serviço social. No caso da técnica de serviço social, a consulta é facultativa, ao critério da utente. Da equipa da IVG medicamentosa também faz parte uma psicóloga.

Após esta consulta, as utentes têm um período de reflexão, para decidirem se querem mesmo avançar com o aborto.

As utentes que se desloquem ao centro de saúde ficam com o número do telemóvel do médico que as assiste, para o poderem contactar imediatamente no caso de terem qualquer dúvida ou de surgir alguma complicação.

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