quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

ARS norte responde a petição dos cidadãos

Chegou-nos resposta da ARS-norte à petição de cidadãos entregue em Novembro passado. Dá-se cópia à "estampa" para informação do público em geral e, em especial, de todos aqueles que subscreveram o abaixo-assinado e que nos seria impossível contactar individualmente.

Já animados pela, a nosso ver, muito correcta decisão da ARS norte relativamente a Paredes, foi com especial agrado que recebemos a indicação de que "as medidas já tomadas pelo Ministério da Saúde [..] permitirão resolver, a curto prazo, estas situações e melhorar as respostas na medicina geral e familiar." Saudamos por isso a Direcção da ARS norte, na certeza de que é este o caminho certo - o caminho da atenção prioritária às necessidades prioritárias - caminho para o qual sempre a ARS poderá contar com a colaboração empenhada dos utentes e do movimento «Paredes pela Vida».

É evidente que quanto menos dinheiros públicos forem desperdiçados em serviços sem utilidade real para os cidadãos, mais dinheiro ficará disponível para acudir a mais graves carências. Nessa medida, permitimo-nos recordar à ARS-norte a declaração de Paulo Sarmento de 2 de Janeiro, segundo a qual «não se justificava haver três pontos para abortos no Vale do Sousa."» para questionar a utilidade de dois pontos de aborto em Penafiel a 2 quilómetros um do outro, a cerca de 2 minutos um do outro: um no Hospital P.e Américo e outro no Centro de Saúde. Não longe dali, segundo a edição de 21.12 (pág. 19) do Verdadeiro Olhar, uma mulher de Paços de Ferreira farta de esperar meio ano por uma consulta de planeamento familiar, dirigindo-se à ARS norte terá sido alegadamente aconselhada (por chacota?) a ir já marcando, à cautela, o "atendimento de gravidez". E uma mulher grávida deve aguardar quase dois meses pela primeira consulta de acompanhamento "regular e gratuito" da gestação...

Quando por todo o lado - sendo Anadia o exemplo mais "gritante" - a racionalidade geográfica e económica impõe que serviços críticos como as urgências sejam centralizados, não se compreende que o mesmo Ministério da Saúde quando se trata de aborto... opte por uma política tão redundantemente descentralizadora, logo mais cara!

Afinal, falta ou não falta dinheiro? Ou só falta para certas coisas?...

Sem comentários: